O que as lideranças podem aprender com Superman?

superman

No dia 10 de julho de 2025, chega aos cinemas o tão aguardado novo filme do Superman. Dirigido por James Gunn, ele promete trazer uma abordagem mais humana e contemporânea do herói mais clássico da DC Comics, com mais camadas emocionais, vulnerabilidades e dilemas éticos.

Para além das cenas de ação e dos efeitos visuais, o Superman continua sendo um ícone que inspira gerações — e não apenas como símbolo de força, mas como referência de liderança moral, estratégica e empática.

Neste artigo, vamos refletir sobre o que os líderes atuais podem aprender com o Homem de Aço, tomando por base a teoria DISC, além de analisar o contexto do novo filme e como ele espelha as exigências do mundo corporativo contemporâneo.

Superman 2025: um herói em reconstrução

Com a estreia de David Corenswet no papel principal e a promessa de um tom mais emocional, o novo filme retrata um Superman em meio a um mundo conturbado, onde otimismo e integridade nem sempre são bem-vindos. Segundo o próprio diretor, o personagem passará por conflitos internos intensos, dividindo-se entre a compaixão de Clark Kent e as pressões de carregar o manto do herói mais poderoso da Terra.

Essa dualidade reflete muito do que os líderes enfrentam no dia a dia. Pressionados por resultados, prazos, metas e mudanças constantes, muitos profissionais precisam aprender a conciliar razão com emoção, firmeza com sensibilidade e liderança técnica com cuidado humano.

Assim como Clark precisa administrar sua identidade civil e sua vocação heroica, líderes hoje precisam aprender a conciliar múltiplos papéis: inspiradores, gestores, solucionadores de problemas e, muitas vezes, verdadeiros conselheiros de suas equipes.

A liderança como escolha, não como imposição

Uma das maiores lições que o Superman nos dá é a forma como ele escolhe liderar. Ele não se impõe pelo medo, pela autoridade ou pela superioridade de suas habilidades. Pelo contrário: ele lidera com base em elementos como exemplo, integridade, escuta e cuidado com os mais vulneráveis.

Essa abordagem está profundamente alinhada ao perfil Estável (S) da teoria DISC, que valoriza a cooperação, a empatia, o apoio ao grupo e o senso de responsabilidade social. São líderes que constroem confiança com consistência, que se preocupam com a harmonia da equipe e que buscam soluções coletivas em vez de decisões isoladas.

No entanto, também é possível identificar traços do perfil Dominante (D) em momentos nos quais o herói precisa agir rapidamente, tomar decisões sob pressão e assumir riscos em nome do bem maior. Essa combinação de perfis é especialmente poderosa na liderança atual, que exige tanto inteligência emocional quanto foco em resultados.

Assim, o Homem de Aço nos mostra que ser firme não significa ser duro. Ser gentil não significa ser fraco. O segredo está no equilíbrio entre os perfis comportamentais, algo que pode ser desenvolvido com autoconhecimento e prática.

A importância do autoconhecimento na liderança

Líderes que conhecem seus próprios padrões comportamentais têm mais clareza sobre como reagem sob pressão, como se comunicam, como tomam decisões e como impactam o ambiente ao seu redor. O mesmo vale para o Superman, que ao longo de sua trajetória precisou entender a si mesmo — suas origens, seus valores, seus limites — para se tornar o herói que o mundo precisava.

Esse processo de autoconhecimento é essencial para qualquer pessoa em posição de liderança. Um perfil mais Influente (I), por exemplo, pode ter uma excelente habilidade de comunicação e motivação, mas precisa cuidar para não se perder na superficialidade ou na falta de foco. Já um perfil Conforme (C) pode ser meticuloso, técnico e analítico, mas deve aprender a lidar com a imprevisibilidade e a delegar mais.

Assim como Superman precisa aprender quando agir e quando ouvir, líderes precisam entender quando intervir, quando observar e quando confiar. O perfil DISC ajuda a mapear essas tendências, ampliando a consciência sobre si e sobre os outros.

líderes podem aprender muito com o superman

A crise como campo de atuação da liderança

Em praticamente todas as versões do Superman, dos quadrinhos ao cinema, vemos o herói diante de cenários de crise. Seja uma ameaça alienígena, um vilão com superpoderes ou um dilema moral, em vários momentos ele está em posição de fazer escolhas difíceis. Isso o aproxima ainda mais da realidade de liderar no século XXI.

Crises fazem parte do cotidiano das empresas. Mudanças de mercado, inovação tecnológica, rotatividade de equipe, conflitos internos, metas agressivas… Tudo isso exige uma liderança capaz de manter o foco, sustentar os valores da organização e tomar decisões rápidas sem perder o senso de humanidade.

Nesse sentido, a habilidade de gerenciar crises com equilíbrio (e nem é a Crise nas Infinitas Terras!) é um dos principais aprendizados que o Superman oferece. Mesmo quando está diante do caos, ele não permite que o medo ou o desespero guiem suas ações. Ele confia nos princípios que construiu, e essa coerência entre discurso e prática é o que o torna inspirador.

Líderes que se baseiam em valores sólidos e têm consciência de seus próprios perfis comportamentais tendem a lidar melhor com contextos adversos. E mais: conseguem transmitir segurança às suas equipes mesmo em tempos incertos.

Valores e propósito: a bússola do herói

Outro ponto fundamental da liderança do Superman é sua clareza de propósito. Ele sabe por que faz o que faz. Sabe o que quer proteger, no que acredita e quais princípios jamais abriria mão.

Esse senso de missão está diretamente ligado à teoria dos valores humanos de Eduard Spranger, que identifica diferentes motivações que impulsionam o comportamento humano. Superman seria facilmente classificado como alguém movido por valores sociais, pois age com um desejo genuíno de fazer o bem e contribuir com o coletivo.

Líderes que têm clareza de seus valores e propósito conseguem inspirar mais. Eles não precisam recorrer a autoritarismo ou microgestão, porque a própria coerência de suas ações é capaz de mobilizar.

Num tempo em que as novas gerações valorizam propósito e autenticidade, líderes que se posicionam com verdade, como o Superman, têm muito mais chance de construir times engajados e leais.

O Clark Kent que existe em cada líder

Talvez uma das metáforas mais poderosas sobre liderança dentro do universo do Superman seja justamente a figura de Clark Kent. A identidade civil do herói nos lembra que, por trás de toda liderança, existe uma pessoa com dúvidas, medos, fragilidades e sonhos.

Assumir a própria humanidade como parte da jornada é uma lição importante para qualquer líder. Não é preciso estar sempre no controle, nem saber todas as respostas. Vulnerabilidade também gera conexão. E, muitas vezes, é ela que faz com que os membros da equipe sintam que podem confiar e contribuir com mais autenticidade.

Ser Clark Kent — e não apenas Superman — é aprender a ser líder sem precisar se esconder atrás de um personagem.

Conclusão

O novo filme do Superman não é apenas uma produção esperada pelos fãs de quadrinhos. É também um símbolo do tipo de liderança que o mundo precisa: firme, empática, centrada em valores e com profunda consciência de si.

Ao olhar para o Superman com as lentes do perfil comportamental DISC e da teoria dos valores, podemos extrair insights valiosos sobre como nos posicionamos no mundo, como inspiramos os outros e como equilibramos força com empatia, coragem com prudência, ação com escuta.

A liderança não exige superpoderes, mas pede autenticidade, clareza e humanidade. E isso, o Superman tem de sobra.

Então, após assistir ao novo filme do Homem de Aço, leve com você mais do que lembranças de uma boa história. Leve a reflexão sobre como você pode ser um herói melhor para sua equipe, sua empresa e sua própria jornada.

Receba mais conteúdos

Digite seu email no campo abaixo para receber nossos conteúdos!

Compartilhe esse post com seus amigos!